Portugueses continuam a apostar nos congelados
Apesar dos períodos de trabalho remoto e vários confinamentos passados em casa, os ritmos de vida continuam acelerados e a preocupação com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional ainda é muito relevante para os consumidores portugueses. Um contexto que tem potenciado o desenvolvimento de alguns mercados associados à conveniência, fazendo dos congelados uma presença assídua nas cestas de compras. À busca pela conveniência alia-se a preocupação com a saúde, com as propostas a apresentarem-se como um processo de conservação natural, sem conservantes adicionados, assim como cuidado na escolha de marcas que se apresentem como sustentáveis.
Durante o último ano, os portugueses comparam mais produtos congelados. Dentro deste universo, apenas a categoria de refeições congeladas teve uma evolução negativa, decrescendo 1% em valor, o que corresponde a vendas de 62,3 milhões de euros, e 2% em volume, para os 9,4 milhões de quilogramas, segundo os dados da Nielsen IQ relativos ao ano móvel findo à semana 20 de 2021. Em destaque tem estado a categoria de sobremesas e gelados, que cresceu a duplos dígitos. Em concreto, aumentou as vendas em volume em 19%, para os 45,4 milhões de quilogramas, enquanto em valor acresceu 23%, para os 182 milhões de euros.
Tendências nos Congelados
“O fator conveniência continua entre as tendências com maior impacto no mercado dos congelados e acreditamos que continuará a crescer nos próximos anos”, refere Fátima Macedo, Brand Manager da Brasmar. Face a ritmos de vida cada vez mais acelerados, a preocupação com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional ganha uma ainda maior relevância, o que tem potenciado o desenvolvimento de alguns mercados associados à noção de conveniência. Um parecer que continua a orientar o desenvolvimento das categorias de congelados. “Cada vez mais, verificamos a procura de soluções rápidas e facilitadoras, que se adequem a um ritmo de vida acelerado. Os produtos do mar congelados oferecem uma opção prática e saudável. É um sector atento à qualidade, sabor e textura dos produtos e à conveniência na preparação dos alimentos, elementos-chave para o consumidor moderno. O consumidor procura soluções descomplicadas, confiáveis e que disponibilizam todos as informações necessárias e atualizadas relativamente aos nutrientes, rastreabilidade, conservação, validade do produto e modo de preparação”.
Desta forma, a tendência para as empresas do sector reside na qualidade e inovação na apresentação dos seus produtos, bem como numa comunicação eficaz, que possibilite dar a conhecer todas as especificidades e potencialidades do produto a um consumidor cada vez mais informado, exigente e atento. “Paralelamente ao fator conveniência, temos sentido uma maior atenção ao tema da sustentabilidade, razão pela qual temos também potenciado a introdução de novas referências no cardex da marca Brasmar”, acrescenta Fátima Macedo.
“Verifica-se uma diferenciação no consumo entre as diferentes gerações?”
“Sendo os alimentos congelados, em geral, produtos de grande consumo, o seu público é totalmente transversal ao nível de idade, classe ou qualquer outra classificação. Embora possamos dizer que alguns produtos têm momentos de consumo mais específicos, como será o caso dos mariscos mais premium, consumidos em momentos mais festivos, a verdade é que a procura por produtos congelados é transversal a qualquer consumidor adulto, fundamentalmente, as famílias. Hoje, assistimos a uma maior preocupação pela alimentação saudável em todas as gerações, desde os mais jovens até ao consumidor mais sénior. Dependendo da fase da vida do consumidor, o cabaz de compras pode alterar, mas a base de consumo é transversal a todas as gerações e classes sociais. Sendo um sector com uma oferta tão vasta, enquadra-se, portanto, em todas as faixas etárias”.
Ler artigo completo aqui.